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Distúrbios de sono associados a diabetes e obesidade

Em paralelo com o aumento da prevalência da obesidade e do diabetes tipo 2, os distúrbios de sono tornaram-se comuns nas sociedades modernas.

Em paralelo com o aumento da prevalência da obesidade e do diabetes tipo 2, os distúrbios de sono tornaram-se comuns nas sociedades modernas. Um número crescente de estudos epidemiológicos mostram uma associação entre a curta duração do sono e distúrbios do sono com alterações metabólicas, em particular a obesidade e o diabetes tipo 2 . 

Estudos experimentais apontam para vários mecanismos distintos por que o sono insuficiente afeta negativamente a saúde metabólica. O sono insuficiente parece alterar a atividade de sistemas neuroendócrinos (interação entre hormônios e neurônios), favorecendo aumento do apetite, maior sensibilidade a estímulos de comida, e, em última análise, um excesso no consumo de energia . O efeito da diminuição do sono sobre a atividade física e o gasto energético ainda é pouco clara.

Embora os estudos de intervenção de longo prazo provando uma associação de causa e efeito ainda sejam escassos, a diminuição de sono parece ser um alvo atraente para a prevenção e tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. É essencial que o endocrinologista inclua perguntas sobre a qualidade de sono na consulta. 

Inicialmente, apenas mudanças comportamentais, como diminuir o estresse, manter o quarto escuro e quieto na hora de dormir, fazer uma refeição leve à noite, evitar álcool e diminuir o uso de aparelhos eletrônicos na hora de dormir, devem ajudar. Mas, em alguns casos, é necessário intervenção com medicamentos.

Lancet Diabetes Endocrinol 2014. Published online March 25, 2014.

 

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Apneia x Hipertensão

Baseado em publicação da Sociedade Brasilieria de Endocrinologia e Metabologia (http://www.endocrino.org.br)

Um grupo de pesquisadores da Escola Paulista de Medicina chegou à conclusão de que quem sofre com apneia do sono tem grandes chances de se tornar um hipertenso no futuro. O estudo foi feito com 1042 pessoas, todas residentes em São Paulo. Através da polissonografia, um exame para a medição do sono e de suas variáveis fisiológicas, foi constatado que 38% delas eram apneicas. Destas, cerca de 50% tinham pressão alta.

De acordo com os estudiosos, quem sofre de apneia tem um grande estresse durante o sono e não consegue oxigenar bem os tecidos do organismo. A interrupção da respiração leva a uma queda da oxigenação, ao aumento do gás carbônico e ao curto despertar do sono para retomar a respiração. Todos esses fatores em conjunto levam à ativação do sistema simpático, que causa hipertensão.

Ainda segundo os pesquisadores, as consequências da hipertensão são graves e podem causar no apneico problemas como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. A apneia é tida, ainda, como uma das causas de morte súbita durante o sono.

Quais são as causas da Apneia do Sono?

A apneia do sono ocorre quando o ar suficiente não consegue ir até os pulmões quando se está dormindo. Tal situação ocorrer por vários fatores: os músculos da garganta e língua relaxam mais do que o normal, as amídalas e adenóides são grandes, a pessoa está acima do peso (o excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta), ou o formato da cabeça e pescoço resulta em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.

Quais são os sintomas da Apneia do Sono?

Ronco e sonolência diurna são considerados os principais sintomas da apneia do sono, embora muitos pacientes não os percebam. A sonolência diurna é explicada pelas interrupções do sono causadas pela falta de oxigênio.

São considerados sintomas da apneia: acordar com sensação de sufocamento, ofegante, com dor no peito ou desconforto, confuso ou com dor de cabeça; sentir boca seca ou dor de garganta pela manhã; alterações na personalidade; dificuldade de concentração; impotência sexual; e irritabilidade.

Muitas vezes, o paciente não sabe que ronca ou que tem apneia, o parceiro é que deve informá-lo...

Qual é o tratamento da apneia do sono?

Mudanças nos hábitos de vida podem contribuir muito com a melhora da apneia do sono.

Perder peso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, dormir de lado, evitar consumo de comidas pesadas antes de dormir, evitar o fumo 4 horas antes de deitar e elevar a cabeceira da cama entre 15cm e 20cm são algumas medidas simples que podem evitar problemas futuros. 

A apneia é uma doença que dever ser tratada  em conjunto pelo Otorrinolaringologista, Endocrinologista e Cardiologista. Se você ou seu parceiro têm esse problema, procure um especialista.

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