As melhores e piores dietas ao redor do mundo
A nossa saúde está intimamente ligada à nossa alimentação, portanto esse é um tema sempre estudado. O objetivo é identificar quais dietas e comportamentos podem estar associados a melhor saúde e longevidade. Apesar das diferenças de culinária ao redor do mundo, as melhores dietas (e as piores) sempre têm pontos em comum.
As dietas mais saudáveis incluem quantidades mínimas de comida processada, alimentos frescos e grande quantidade de verduras, legumes, sementes e peixe.
As dietas mais prejudiciais contêm calorias vazias em forma de açúcar, gorduras saturadas ou trans, alimentos processados e refinados e porções muito grandes.
A seguir, estão listadas algumas das várias dietas dos diferentes países e regiões.
1) Dieta mediterrânea
A dieta mediterrânea, muito saudável, é baseada em alimentos frescos, frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, aves, vinho tinto, azeite e sementes. Além disso, a comida é comprada e preparada diariamente, com uma tendência a comer mais lentamente, em porções e pratos pequenos.
2) Dieta francesa
É muito similar à mediterrânea, mas inclui gorduras saturadas, como manteiga, queijos e cremes. O fato dos franceses serem magros, apesar da dieta mais gordurosa, provavelmente está associado a porções muito pequenas, raro consumo de produtos processados, efeitos positivos do resveratrol presente no vinho tinto e ingestão de queijos fermentados feitos a partir de leite cru, que contém substâncias anti-inflamatórias e probióticos saudáveis para o intestino.
3) Dieta nórdica
A dieta nórdica moderna foca em grãos integrais, frutas, vegetais, ovos e frutos do mar, com consumo esporádico de carne, laticínios, sobremesas e álcool. Não consomem azeite de oliva, por não fazer parte da vegetação local, mas usam óleo de colha, semelhante ao óleo de canola, e frutas locais. Comem renas e peixes locais, ricos em ômega 3.
4) Dieta Okinawan
A dieta Okinawan, do Japão, é a mais associada a longevidade e é consumida pela maior parte dos centenários no mundo. Também é associada a menor taxa de doenças do coração e cânceres. Consiste em grande variedade de vegetais e frutas, grãos integrais, moderada quantidade de soja e peixe semanalmente. O maior componente da dieta é a batata doce. E eles comem muito pouco. Japoneses que aderiram à dieta ocidental têm grandes taxas de obesidade, doenças cardiovasculares e mortes prematuras.
5) Dieta do oeste africano
Uma das dietas mais saudáveis do mundo é consumida em Chade, África. É composta por alimentos não processados e ricos em fibras e peixes. As fibras melhoram o perfil do colesterol, a digestão, o controle do peso e protegem contra câncer de cólon e diabetes tipo 2. A dieta também usa temperos variados no lugar do sal.
6) Dieta indiana
A dieta indiana inclui pouca carne e a carne consumida é de cabra, ovelhas e frango, que são criados livres e sem rações, portanto sendo uma carne mais magra e rica em ômega 3. As frutas também não são cultivadas com pesticidas. E um dos mais saudáveis componentes da dieta indiana é o curry.
7) Dieta latino-americana
Inclui bastante frutas, vegetais e feijão, além de temperos e pimenta. A capsaicina, presente na pimenta, provou ser benéfica na proteção contra vários tipos de câncer.
8) Dieta em Barbados
Atualmente, a alimentação da ilha é muito rica em junk food. Mas a dieta tradicional inclui enorme quantidade de fibras, alimentos multicoloridos, tubérculos e raízes, e grande quantidade de ômega 3. Estão entre os maiores consumidores mundiais de vegetais e frutas. A dieta de Barbados tem componentes da dieta mediterrânea, nórdica, do oeste africano e Okinawan.
9) Dieta americana
A dieta Americana se baseia no consumo de fast food, com excesso de gorduras, açúcar e sal. Nos países que consomem a dieta americana, há um aumento expressivo de obesidade, doenças do coração e cânceres.
10) Dieta Tcheca
Eslováquia, República Tcheca e Hungria têm uma das dietas menos saudáveis do mundo, com excesso de alimentos processados. Carne defumada é o componente principal, associada a muitas doenças. A Bélgica também segue essa dieta, ainda com muita fritura e doces.
E quais foram os fatores associados a uma boa saúde? Os estudos mostraram que os principais fatores associados à melhor qualidade de vida e menor taxa de mortalidade por qualquer causa são:
- Não fumar
- Ingerir até uma dose de álcool ao dia (0,6-30g)
- Praticar atividade física regular, pelo menos uma vez na semana
- Ter, pelo menos, uma refeição na semana com peixe
- Comer carnes processadas menos que uma vez na semana
- Consumir frutas diariamente
- Consumir vegetais diariamente
E, mais importante do que os alimentos consumidos, o fator mais associado à saúde ruim é o que não se come: frutas, vegetais, grãos, nozes e similares, frutos do mar, óleos não saturados. O déficit desses, associado ao consumo de grãos refinados, carnes processadas, sal, açúcar e gorduras trans são a receita perfeita para doenças crônicas.
As populações mais saudáveis têm suas diferenças no consumo dos alimentos, mas todas incluem atividade física diária, um "comer consciente", comendo devagar, escolhendo adequadamente os alimentos e com boa socialização.
A volta do ovo
Entenda por que o ovo deixou de ser um vilão e agora voltou a ser considerado um alimento saudável.
O ovo é um alimento de baixo custo e uma excelente fonte de vários nutrientes, como vitaminas, proteínas, lipídeos e minerais.
- Vitaminas:
A, D, E, K, B12
Folato, riboflavina, colina
- Minerais:
Selênio/ Ferro/ Fósforo/ Calcio/ Magnésio/ Sódio/ Potássio/ Cloro/ Iodo/ Manganês/ Enxofre/ Cobre/ Zinco
As proteínas são de alta qualidade e, em conjunto com os lipídeos, aumentam a biodisponibilidade de nutrientes como luteina e zeaxantina, que previnem a degeneração macular (doença nos olhos).
As proteínas estão presentes na clara e todos os outros nutrientes, na gema.
Mas e o colesterol?
Um ovo pode conter de 50 a 250 mg de colesterol, dependendo do tamanho. As recomendações atuais limitam o consumo de colesterol a 300mg ao dia. Mas os últimos estudos indicam que a ingestão de um ovo ao dia é aceitável, desde que outros alimentos ricos em colesterol sejam limitados na dieta.
Algumas populações respondem pior ao consumo de colesterol da dieta, com maior aumento dos níveis de colesterol circulantes. Essas populações, como os portadores de diabetes, ou pacientes com infartos prévios, devem evitar o consumo dos alimentos ricos em colesterol, como o ovo. Mas, na população geral, a ingestão de quantidades pequenas de colesterol da dieta não eleva a concentração de colesterol no sangue.
É importante prestar atenção no preparo do ovo, com o cuidado de não acrescentar mais gordura e colesterol, como ovos fritos e mexidos. Escolhendo receitas adequadas, o ovo é, sim, um alimento saudável.
Os melhores óleos para a cozinha
Quando o assunto é dieta saudável, o azeite de oliva é sempre o destaque. Mas existem vários outros tipos de óleo saudáveis e saborosos, alguns não tão comuns no Brasil.
Nosso organismo precisa de um pouco de gordura, que é essencial, por exemplo, para a produção da membrana de praticamente todas as nossas células, para a produção de alguns hormônios, além de ser uma forma de armazenar energia. Mas algumas gorduras são mais saudáveis que outras, e cada grama de gordura tem 9 calorias, o que deve ser levado em consideração na dieta. Mesmo a gordura boa pode, em excesso, aumentar o seu peso e, consequentemente, não ser mais tão saudável.
E alguns tipos de gordura são mais indicados para grelhar, outros para fazer receitas sautée, outras não devem ser aquecidas, sendo usadas em saladas. Quando cozinhar, sempre fique atento ao ponto em que o óleo produz fumaça; é nessa temperatura que produz mais radicais livres, prejudiciais à saúde.
1. Óleo de amêndoas - é um óleo saboroso e com baixo teor de gordura saturada, a gordura mais relacionada a doenças do coração, até pouco tempo atrás. Estudos mostram que uma dieta rica em amêndoas e óleo de amêndoas pode diminuir a pressão arterial. Aguenta altas temperaturas antes de produzir fumaça, pode ser usado em grelhados e para a cozinha em geral.
2. Óleo de abacate - a dieta rica em abacate diminui a pressão arterial e melhora o colesterol, assim como o uso de azeite de oliva. O abacate é rico em magnésio e potássio, que ajudam na diminuição da pressão arterial, mas não se sabe ainda se o óleo de abacate também tem essas propriedades. Também aguenta altas temperaturas.
3. Óleo de canola - esse óleo não tem tanto omega 3, que ajuda na saúde cardiovascular, quanto o azeite de oliva, mas é um dos que tem menores níveis de gorduras saturadas. Mais indicado para assar ou grelhar, não deixar chegar a temperaturas muito altas.
4. Óleo de côco - apesar de todo o frenesi ao redor desse óleo, é um dos que contêm maior quantidade de gordura saturada. É muito saboroso, mas o azeite e o óleo de canola são melhores opções. Mais indicado em molhos, forno em baixas temperaturas, sem aquecer muito.
5. Óleo de sementes - óleo de nozes, noz pecan, abóbora estão aparecendo nos mercados. Todos contêm gorduras saudáveis para o coração, mas ainda não são comumente consumidos.
6. Azeite de oliva - por último, a escolha principal. O azeite de oliva é o mais associado a melhora dos níveis de colesterol e pressão arterial. E, entre o azeite de oliva simples e o extra virgem, apenas o sabor muda. Os benefícios para a saúde são os mesmos.
6 Dicas importantes para a alimentação
Até pouco tempo atrás, os médicos focavam apenas no tratamento clínico de doenças, deixando os cuidados com dieta para nutricionistas. Mas as evidências mostram, cada vez mais, que a alimentação tem um papel importantíssimo na prevenção de doenças e cuidados com a saúde, portanto, é importante que o médico saiba orientar a dieta dos pacientes.
Há uma enorme quantidade de informações sobre dieta e nutrição divulgada em todos os meios. É difícil conseguir separar quais as informações mais corretas e saudáveis. Abaixo, seguem 6 dicas de dieta baseadas em evidências, com comprovação científica dos benefícios à saúde.
1. Escolha alimentos com variedade de cores e textura, e em sua forma mais natural.
Refeições preparadas em casa, sem serem processadas ou em pacotes, são as que têm maior relação com saúde a longo prazo e longevidade. Estudos indicam que metade das mortes por causas cardiometabólicas (diabetes, infarto, derrame) são associadas a falta de verduras, legumes, frutas, castanhas e ômega3.
A American Heart Association (AHA) recomenda que metade do prato seja preenchido por folhas, verduras e legumes. Algumas pessoas não gostam de comer uma grande quantidade de um tipo de legume, mas consideram mais palatável a mistura de vários legumes e verduras.
2. Evite alimentos processados.
Bebidas e alimentos prontos, como salgadinhos, carnes processadas, doces prontos, bebidas prontas adoçadas e farinha branca têm que ser retirados da dieta. O excesso de açúcar e sal desses alimentos é muito nocivo à saúde. E estudos mostram que adoçantes artificiais não parecem ser benéficos.
O ideal é preparar sua refeição em casa, da maneira mais natural possível.
3. Escolha dietas balanceadas e metas realistas para a perda de peso.
A dieta mais eficaz é aquela que o paciente consegue manter.
As dietas com mais evidência de perda de peso e saudáveis são a dieta mediterrânea e dietas que controlam a porção das refeições, como Vigilantes do Peso. Jejum intermitente também pode ser eficaz para algumas pessoas. A melhor perda de peso ocorre nas dietas que incluem:
- aumento de vegetais e frutas
- consumo de alimentos ricos em fibras
- consumo de grãos integrais
- aumento de consumo de água
- diminuição da ingestão de bebidas açucaradas
- consumo suficiente de proteína e gorduras saudáveis
O prato ideal deve ter metade de verduras, legumes e folhas, um quarto de proteínas magras e um quarto de carboidratos ricos em fibras, com uma porção de gordura saudável.
Alguns estudos mostram benefícios do jejum intermitente (comer por apenas 8 horas do dia, com jejum de 16 horas), mas outros estudos não viram benefício algum. O jejum intermitente pode ser uma alternativa às dietas de grande restrição calórica, para aqueles pacientes que conseguem ficar longos períodos sem se alimentar.
4. Consuma óleos saudáveis para o coração: peixes, azeite, azeitonas, abacate.
Os óleos dos peixes podem prevenir doenças futuras em pacientes com história de doença do coração. O ideal é o consumo dos peixes nas refeições, mas o uso de cápsulas de omega3 também é eficaz na prevenção de doenças.
As "gorduras boas"são o peixe, azeite, óleo de canola, óleo de semente de chia, óleo de castanhas, óleo de abacate.
5. Diminua a carne vermelha.
O consumo de carne vermelha está associado a aumento do risco de vários tipos de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares. Diminuir o consumo de carne vermelha pela metade diminui até 20% o risco de mortalidade.
6. Consuma alimentos fermentados ou probióticos e fibras, para a saúde gastrointestinal e geral.
Probióticos são encontrados em iogurtes, kefir e bebidas e alimentos fermentados não pasteurizados. O consumo de suplementos de probióticos também é eficaz.
Os probióticos agem na flora intestinal, melhorando a resposta imune. Ainda é uma área de estudo recente, mas existem evidências de proteção contra diabetes tipo 2 e câncer de cólon.
Governo sanciona projeto que libera inibidores de apetite
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/06/1895470-governo-sanciona-projeto-que-libera-inibidores-de-apetite.shtml
O presidente em exercício Rodrigo Maia (DEM-RJ) sancionou nesta sexta (23) lei que libera produção, comercialização e consumo de inibidores de apetite feitos a partir das substâncias anfepramona, femproporex e mazindol.
Derivados das anfetaminas, esses anorexígenos foram usados por décadas no país –até a proibição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2011.
A agência alegou que não havia comprovação de segurança e eficácia e que os riscos à saúde eram maiores que os supostos benefícios.
Já a sibutramina, também citada no projeto, pôde ser comercialziada, mas com restrições, como a necessidade de prescrição médica especial.
Maia afirma que tomou a decisão após consultar médicos favoráveis à liberação e também o Conselho Federal de Medicina (CFM).
"Entendo o drama de milhares de brasileiros que têm níveis perigosos de obesidade e precisam ser levados a sério, e com responsabilidade, tendo acesso a um tratamento médico controlado", informou por meio das redes sociais, usando a hashtag "#ObesidadeEuTratoComRespeito".
REAÇÃO
A Anvisa classificou a lei como inconstitucional e disse que a medida pode trazer riscos à saúde.
"A decisão de sancionar a liberação da comercialização desses anorexígenos no Brasil vai contra o que ocorre em outros países desenvolvidos, cuja competência para avaliar se estão aptos a serem oferecidos à população é das respectivas agências reguladoras", informou, em nota.
Das drogas, só a anfepramona é vendida nos EUA, mas não na Europa –o mazindol foi retirado dos EUA e da Europa em 1999 e o femproporex nunca foi aprovado nos EUA e foi proibido na Europa em 1999.
Em nota, o Idec (Instituto de Brasileiro de Defesa dos Direitos do Consumidor) e Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) informam que estudam recorrer à Justiça contra a liberação.
Para as entidades, o aval às drogas "atende ao lobby e poder econômico das empresas farmacêuticas e dos prescritores que lucram com a produção, a venda e as comissões sobre remédios".
Para Salomão Rodrigues, do CFM, é preciso "ampliar o leque" de tratamentos contra a obesidade. Segundo ele, a autarquia deve elaborar, em até 60 dias, uma norma para regular o uso dos anorexígenos. A ideia é ter critérios rígidos, como doses máximas, riscos de associações entre medicamentos e pacientes para os quais são indicadas.
O documento também deve trazer incentivo ao tratamento conjunto com iniciativas de reeducação alimentar e prática de exercícios físicos e veto ao uso simultâneo de mais de um inibidor de apetite.
"Já sabemos que devem ser usadas como monodrogas, ou drogas únicas", afirma. "O uso do inibidor dificilmente traz problemas, o que traz problemas é o abuso. Precisamos de uma norma bem estabelecida. O uso com prescrição médica, com doses adequadas, só vai fazer bem", completa.
Alexandre Hohl, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) diz que o caminho adotado "não foi o melhor" e que "a sociedade perdeu com isso". Mas, segundo ele, a raiz do problema é a proibição da Anvisa: "Tiraram a possibilidade de uso de medicamentos que, em casos específicos, poderiam ajudar."
Segundo ele, estudos amplos não devem ser realizados, por serem muito demorados e caros ("dezenas de milhões de dólares") para drogas sem patente –de baixo custo e lucratividade, portanto.
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