Endocrinologia geral Patricia Baines Endocrinologia geral Patricia Baines

Dieta mediterrânea

A dieta mediterrânea é considerada uma das melhores formas de alimentação pelo mundo. Estudos recentes associam a dieta mediterrânea a menor desenvolvimento de doenças como diabetes, colesterol alto e doenças do coração. Europeus que se alimentam segundo a dieta mediterrânea têm melhor qualidade de vida e maior expectativa de vida.

A dieta mediterrânea é baseada no consumo de peixes, grãos integrais, castanhas, azeite, frutas e vegetais e uma taça de vinho ao dia.

1. Peixes

O recomendado é o consumo de três a quatro porções de peixe por semana, escolhendo entre tilápia, salmão, sardinha e pescada. O peixe deve ser grelhado ou preparado com receitas ao forno, nunca frito. A carne vermelha e o frango podem ser divididos nas outras refeições da semana.

2. Frutas e vegetais

Salada verde e variedade de legumes fazem parte do almoço E jantar. Dê preferência às folhas cruas e prepare os legumes no vapor, para não perder as propriedades nutricionais. O tomate é rico em licopeno e deve estar presente sempre, tanto na salada quanto no preparo dos pratos.

As frutas entram na dieta como sobremesa e lanches da manhã ou da tarde. Frutas in natura, e não sucos.

3. Azeite

O azeite extravirgem é o mais saudável e pode ser usado para temperar as saladas e peixes. Duas colheres de sopa de azeite ao dia (usado para temperar) trazem muitos benefícios à saúde, principalmente no perfil de colesterol e saúde do coração.

4. Grãos integrais

Feijão, lentilha, grão de bico, soja também fazem parte da dieta. Esses grãos são importantes fontes de proteínas vegetais e devem estar presentes diariamente.

5. Castanhas

Castanhas, nozes, amêndoas são ricas em substâncias que ajudam no controle dos níveis de colesterol e, por serem gordurosas, dão sensação de saciedade, auxiliando a diminuir o volume de comida das refeições principais. Podem ser consumidas nos lanches da manhã ou da tarde, ou trituradas para temperar saladas. Mas devem ser consumidas com moderação, um punhado (o que cabe na mão) por lanche.

6. Leite e derivados

A dieta mediterrânea é rica em laticínios. Leite, iogurte e queijos fazem parte do cardápio do dia a dia, de preferência três porções ao dia. Escolha sempre os desnatados e sem adição de açúcares, e os queijos brancos, como cottage ou queijo de cabra.

7. Vinho

Uma taça de vinho ao dia (150ml) protege o coração. O vinho é rico em polifenois e resveratol, substâncias excelentes para a saúde do coração.

8. Produtos industrializados

Por último, assim como em qualquer dieta saudável, o ideal é abolir produtos enlatados e embutidos. Prefira sempre alimentos frescos, eliminando excesso de sal, açúcar e gorduras ruins da alimentação.

 

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Dislipidemias

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O colesterol e todas as gorduras têm a fama de serem substâncias muito maléficas para o nosso organismo. Mas não é exatamente assim! O nosso corpo necessita da gordura para compor a estrutura das membranas celulares em todo o nosso corpo, ou seja, todas as nossas células têm gordura. Além disso, o colesterol é essencial para a síntese de alguns hormônios, vitamina D e ácidos biliares (necessários para a digestão de gorduras da dieta).

Cerca de 70% do nosso colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto  os outros 30% vêm da dieta.

Existem vários tipos de colesterol, mas os principais são o HDL e o LDL. O HDL (“colesterol bom”) retira o colesterol da placa que se forma dentro das artérias e o carrega de volta ao fígado para ser excretado. Já o LDL (“colesterol ruim”) transporta o colesterol de células que mais produzem do que usam, para as células que mais necessitam. Ele é considerado ruim quando está em excesso, porque, dessa maneira, acumula-se nas paredes das artérias, podendo "entupir" as artérias. Quando a artéria "entupida" fica no coração, pode ocorrer um infarto; quando isso ocorre no cérebro, pode haver um derrame (acidente vascular cerebral, ou AVC).

A melhor maneira de manter o colesterol nos níveis adequados e saudáveis é praticar regularmente exercícios físicos e evitar comer alimentos gordurosos. Parar de fumar também é uma atitude que ajuda a neste controle.

Gema de ovo, bacon ou toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame e lingüiça e carnes de animais são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol.

Em alguns casos menos comuns, pode haver aumento dos níveis de colesterol sem alimentação gordurosa. Nesses casos, há um fator genético que determina produção excessiva endógena de colesterol, e várias gerações na família são afetadas. 

O tratamento para o aumento do colesterol sempre começa com melhora da alimentação e atividade física regular. Mas, se os níveis são muito elevados logo no primeiro exame, ou se o tratamento comportamental não tem sucesso, são necessários medicamentos específicos para isso.

O ideal é sempre levar uma vida saudável, evitando que as alterações de colesterol, glicemia, pressão arterial apareçam!

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Tireoidite subaguda

A tireoidite subaguda (também chamada de tireoidite dolorosa ou tireoidite de De Quervain) é uma inflamação dolorosa da tireoide, de provável etiologia viral. É mais comum em mulheres de 30 a 50 anos e, em geral, ocorre após um quadro de infecção viral respiratória.

A tireoidite subaguda começa com dor intensa na região anterior do pescoço, podendo haver febre e mal estar. A tireoide é muito dolorosa ao toque e pode estar aumentada. Há uma inflamação de toda a glândula e destruição dos folículos da tireoide, onde o hormônio tireoideano fica armazenado. Com isso, há excesso de hormônios na corrente sanguínea e pode haver um quadro de hipertireoidismo, com duração de 2 a 4 semanas. Após essa fase, com a diminuição dos níveis hormonais no sangue, há normalização dos exames de dosagem hormonal e melhora dos sintomas. Mas, como a glândula foi lesada, ainda pode haver evolução para hipotireoidismo até que a produção dos hormônios seja normalizada, o que pode levar meses.

A evolução clássica, então, divide-se em 4 fases:

  1. fase dolorosa aguda com tireotoxicose (para saber mais sobre o hipertireoidismo e tireotoxicose, clique aqui)
  2. eutireoidismo (normalização dos hormônios tireoideanos)
  3. hipotiroeidismo (para saber mais sobre o hipotireoidismo, clique aqui)
  4. eutireoidismo

O tratamento da tireoidite subaguda visa o controle da dor. Na fase aguda, dolorosa, antiinflamatórios e corticoide podem ser necessários. A fase de hipertireoidismo é auto-limitada e não é necessário o uso de medicamentos antitireoideanos, usados nos outros casos de hipertireoidismo. Na fase de hipotireoidismo, pode ser necessária a reposição dos hormônios tireoideanos, até que a produção da glândula seja recuperada.

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O consumo de açúcar e o lobby das indústrias

Ao contrário do que deveríamos esperar, muitas das organizações de saúde, inclusive as que deveriam se dedicar a combater a epidemia de obesidade, fazem acordos financeiros com empresas como Coca-Cola e PepsiCo.

De 2011 a 2015, a Coca-Cola e a PepsiCo patrocinaram programas de saúde de 96 organizações de saúde, como American Diabetes Association, American Heart Association, American Academy of Pediatrics! E conseguiram bloquear 29 propostas de saúde pública para diminuir o consumo de refrigerantes e promover uma melhor nutrição.

Pesquisas já comprovaram que o açúcar é metabolizado como álcool, causa diabetes tipo 2, esteatose hepática e causa vício, independente das suas calorias. E é comprovado que os refrigerantes causam cáries nos dentes, a maior causa de dor crônica no planeta.

Espero que isso mude logo. É inaceitável que o dinheiro dessas empresas fale mais do que as medidas para melhorar a saúde da população.

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