Dicas para diabéticos 5 - Ferimentos nos pés
Ferimentos nos pés podem ser muito perigosos para pacientes com diabetes. Mesmo pequenas lesões podem estender-se e levar a complicações muito sérias, se não tratadas. As complicações mais graves são "gangrena" e necessidade de amputação, mais frequentes em idosos ou adultos com mais de 10 anos de doença.
Deve-se tomar cuidado com qualquer tipo de lesão: calos, frieiras, feridas, infecção, rachaduras.
O que fazer:
Feridas
- Lave bem com água e sabão e seque com uma toalha limpa
- Proteja com gaze esterilizada e seca (evite band-aid, que deixa a ferida úmida)
- Fique em repouso com a perna elevada e procure avaliação médica para avaliar a gravidade e tratamento
"Frieiras"
- Mantenha os pés limpos e secos
- Não tente tirar ou cortar a pele
- Aplique um antimicótico local, duas ou três vezes ao dia
- Se não melhorar em dois dias, ou piorar, procure um médico
Para evitar o aparecimento de lesões, examine cuidadosamente seus pés diariamente, ao colocar e tirar os sapatos, e tome os seguintes cuidados:
- Evite sapatos apertados, com bicos finos ou com irregularidades no interior
- Não ande descalço, nem mesmo na praia, piscina ou em casa
- Troque diariamente as meias e procure usar meias brancas, que mostram lesões mais facilmente
- Mantenha os pés limpos e secos, principalmente entre os dedos
- Se aparecerem rachaduras, use cremes hidratantes
Tome sempre muito cuidado com seus pés. Se houver qualquer lesão, procure imediatamente seu médico, não espere que sare sem tratamento.
Para saber mais sobre pé diabético, clique aqui
Hiperparatireoidismo
O que é hiperparatireoidismo?
O hiperparatireoidismo é uma doença em que há aumento do funcionamento das glândulas paratireoides. Essas glândulas são responsáveis pelo controle da quantidade de cálcio no sangue e nos ossos e ficam localizadas atrás da tireoide, na base do pescoço.
Essa doença é mais comum em mulheres (3:1 homem) e ocorre ao redor dos 40-60 anos.
Quais são os sintomas do hiperparatireoidismo?
Quando as glândulas funcionam demais, produzem muito PARATORMÔNIO (PTH), que retira o cálcio dos ossos e o deixa em quantidade excessiva no sangue (hipercalcemia). Em casos leves, o paciente pode não ter qualquer sintoma, e o diagnóstico é feito em exames de rotina. Mas, se a alteração ocorre repentinamente, ou se o aumento do cálcio é muito grande, os sintomas aparecem:
- fraqueza muscular, adinamia, sintomas depressivos
- perda de apetite, náuseas, vômitos, confusão mental (em quadros mais repentinos ou muito graves)
- pedra nos rins, diminuição do funcionamento dos rins
- osteoporose, fraturas, tumores ósseos
Quais são as causas do hiperparatireoidismo?
As causas mais comuns para o hiperparatireoidismo são tumores benignos das paratireóides ou, muito raramente, tumores malignos. O hiperpartireoidismo pode ser, ainda, secundário a deficiência de vitamina D ou insuficiência renal, por exemplo.
Como é feito o diagnóstico de hiperparatireoidismo?
O diagnóstico é feito com dosagem de cálcio e PTH no sangue. Outras dosagens auxiliam no diagnóstico: fósforo, cálcio urinário, creatinina, vitamina D, fosfatase alcalina.
Havendo elevação do cálcio e PTH, é necessária a realização da cintilografia de paratireoide para localizar qual das glândulas está acometida. Temos quatro glândulas paratireoides, localizadas atrás da tireoide, e só a glândula doente necessita ser retirada. Raramente, pode haver uma glândula localizada no tórax. O ultrassom cervical também pode ajudar na localização.
Além desses, são necessários exames para avaliar as complicações, como densitometria óssea, para avaliar osteopenia ou osteoporose, radiografias, para investigar fraturas, e ultrassom do aparelho urinário, para pesquisar cálculos renais.
Qual é o tratamento para o hiperparatireoidismo?
O tratamento, em geral, é cirúrgico. Mesmo que o paciente tenha poucos sintomas e o cálcio não esteja tão elevado, a possibilidade de piora com o tempo é grande. Portanto, deve-se sempre tentar realizar a cirurgia o quanto antes, desde que o paciente tenha boas condições para isso.
Se o paciente for muito idoso ou tiver outras doenças que dificultem qualquer cirurgia, o tratamento clínico é feito com hidratação adequada, para não deixar o cálcio ficar muito "concentrado" e medicações para osteoporose, pedra nos rins, e outras necessárias.
Dicas para diabéticos 4 - Alterações da glicemia no período menstrual
Nas mulheres com diabetes, o período pré-menstrual e/ou menstrual pode aumentar a glicemia. As mulheres que usam insulina, geralmente, necessitam de uma maior dose nesse período.
O que fazer?
Nessa época do ciclo menstrual, faça o teste da glicemia capilar com o glicosímetro e compare com os outros dias do ciclo.
O ideal é fazer o teste no mínimo duas vezes ao dia (em jejum e antes do almoço ou jantar). Se estiver usando insulina, é recomendável fazer antes e duas horas após as refeições.
Se você já usa insulina, pode ser necessário ajustar a dose nesse período.
Se você usa apenas comprimidos hipoglicemiantes, deve seguir uma dieta mais rigorosa nessa fase. Se isso não for suficiente para manter a glicemia nos valores ideais, converse com seu médico para avaliar mudanças necessárias.
O ciclo menstrual pode alterar o dia a dia de qualquer mulher. Não deixe que isso atrapalhe o controle do seu diabetes!
Dicas para diabéticos 3 - O que fazer em caso de hipoglicemia
Os pacientes diabéticos são mais susceptíveis à hipoglicemia, principalmente aqueles em uso de insulina.
Os sintomas são os mesmos da hipoglicemia em pacientes não diabéticos - tremores, fraqueza, fome, suor frio, sonolência, confusão mental, desmaios (ver post sobre Hipoglicemia).
É importantíssimo saber reconhecer os sintomas de hipoglicemia, para tratá-la o mais rápido possível e evitar complicações graves, como crises convulsivas ou coma.
Se o paciente estiver acordado:
- tomar um copo de suco de fruta com açúcar, uma lata de refrigerante não dietético, chupar duas a quatro balas não dietéticas ou um copo de água com açúcar
Se o paciente estiver desacordado:
- colocar açúcar ou mel (uma colher de sopa cheia) entre a bochecha e os dentes; massagear a bochecha, para aumentar a saliva e derreter o açúcar ou mel, e acelerar a absorção
- NÃO dar líquidos, pois o paciente pode engasgar e aspirar o líquido
- quando a pessoa começar a acordar, dar suco, refrigerante ou balas não dietéticos
- se a pessoa não responder ou estiver em coma profundo, aplicar uma ampola de Glucagon intramuscular ou subcutânea; quando acordar, dar suco, refrigerante ou balas não dietéticos
Todos os familiares ou amigos próximos de pacientes diabéticos usuários de insulina, principalmente portadores de diabetes tipo 1, devem conhecer a ampola de Glucagon e saber usá-la, para emergências. Esse medicamento é vendido em farmácias e deve ser mantido em geladeira.
A hipoglicemia é uma situação muito grave para um paciente diabético e deve ser rapidamente reconhecida e revertida. Converse com seu endocrinologista se tiver dúvidas.
Hipoglicemia
Hipoglicemia não é uma doença, é uma consequência de alguma doença ou uso de medicamentos e significa baixo nível de glicose no sangue.
Os níveis sanguíneos considerados normais são de 60 a 99mg/dl.
Em geral, abaixo de 50 a 60mg/dl ocorrem os sintomas. Os mais comuns são:
- Fome, borborigmo ("ronco" na barriga)
- Tremores, ansiedade, nervosismo
- Palpitações, sudorese fria, dor de cabeça
- Náusea, vômito, desconforto abdominal
- Cansaço, fraqueza, dificuldade de raciocínio
- Confusão, tontura, indisposição não específica
Em casos graves, o indivíduo pode perder a consciência (desmaios ou até coma) ou ter crises convulsivas.
A hipoglicemia ocorre quando não há níveis de glicose suficientes no sangue para fornecer energia às células do cérebro. As outras células do corpo conseguem obter energia através da quebra de gordura (inicialmente) e proteínas armazenadas, mas o cérebro é nutrido exclusivamente por glicose. Portanto, os sintomas funcionam como um "sinal de alerta" de que os neurônios estão sofrendo.
Existem várias causas para a hipoglicemia:
- Consumo de álcool (causa mais freqüente)
- Jejum prolongado
- Esforço físico (músculos consomem a glicose circulante)
- Medicamentos: insulina e antidiabéticos orais são os principais, mas pode ocorrer com aspirina, antiinflamatórios, beta-bloqueadores (ex: Propranolol), antibióticos
- Hipoglicemia reativa (ocorre 1 a 3 horas após as refeições, por rápida absorção dos carboidratos)
- Tumores produtores de insulina (muito raros)
- Cirurgia para diminuição (cirurgia para obesidade) ou retirada do estômago (câncer de estômago)
Nos pacientes diabéticos, a hipoglicemia é mais frequente. Ocorre principalmente por uso de medicamentos orais ou insulina sem alimentação adequada. Os medicamentos para diabetes, tanto orais quanto insulina, têm como objetivo diminuir a glicemia, e a maioria o faz independente da ingestão alimentar. Portanto, se o paciente não se alimentar corretamente, com intervalos regulares, corre o risco de ter hipoglicemia.
Para evitar a hipoglicemia, além do tratamento específico para cada causa, é importante:
- Evitar períodos prolongados em jejum, alimentar-se a cada 3 ou 4 horas
- Evitar atividade física sem se alimentar e repôr as perdas se exercícios prolongados
- No caso de hipoglicemia reativa, evitar ingestão de carboidratos simples (açúcar branco, farinha branca, doces); prefira carboidratos complexos (arroz integral, farinha integral) ou associação de carboidratos com gorduras ou proteínas (ex: pão com manteiga e não puro), que demoram mais a ser absorvidos
- 2021
- Adoçante
- Adrenal
- Alimentação saudável
- Amamentação
- Anabolizantes
- Anfetaminas
- Anorexia
- Apneia
- Atividade física
- BPA
- Bactérias intestinais
- Bulimia
- Bócio
- Carboidratos
- Cirurgia bariátrica
- Colesterol
- Contagem de carboidratos
- Cortisol
- Cálcio
- Câncer de tireoide
- DGHA
- DM2
- Diabetes
- Dieta
- Estrógeno
- GH
- Gestação
- Hashimoto
- Hiperparatireoidismo
- Hipertensão arterial
- Hipertireoidismo
- Hipoglicemia
- Hipotireoidismo
- Hipófise
- Hormônios bioidênticos
- Hábitos saudáveis
- Insulina
- Lipodistrofias
- NASH
- Nódulos de tireoide
- Obesidade
- Obesidade infantil
- Ocitocina
- Osteoporose
- Perda de peso
- Progesterona
- Prolactina
- Prolactinoma
- Pronokal